quarta-feira, 28 de março de 2012

1º Dia - "II Debate LGBTfobia - eu NÃO CURTO essa ideia!"

Hoje, dia 28 de março de 2012, tivemos o prazer de abrir nosso segundo debate. Com muito orgulho, o grupo Fala em Foco, conseguiu reunir figuras importantíssimas na causa LGBT. Com um atraso normal de qualquer evento, abrimos como uma pequena apresentação do grupo através do discurso de Lidiane de Oliveira e Mariana Lima (representantes do Fala em Foco).
O debate foi iniciado com a fala do Prof. Marcos Vinícius Torres, da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ. Trazendo questões do âmbito do direito e do judiciário, o professor, falou sobre a cidadania e o direito lgbt, a questão do nome social e a criminalização da homofobia... E apresentou seu projeto na FND voltado para público LGBT: "Projeto de Assistência Jurídica Gratuita para Questão LGBT", onde fazem atendimento para áreas cível, trabalhista e penal (Contato para maiores informações: cidadanialgbt@direito.ufrj.br).
Em seguidas tivemos o prazer da apresentação da All Out, representada pela simpática Flávia Antunes. Ela explicou os ideais e objetivos o organização: "Usando as inúmeras possibilidades do poder popular mundial que as novas tecnologias de mídia social proporcionam, a All Out está construindo uma verdadeira comunidade global, que pode agir em momentos de crise ou como parte de uma estratégia e garantir liberdade e direitos da população LGBT em todo o mundo" (Fonte: All Out). Ou seja, ela nos mostrou um parâmetro global sobre a causa LGBT. Finalizando sua fala, ela apresentou dois vídeos. O primeiro um protesto contra a criminalização da homossexualidade na Rússia: "Russia: Don't Go There. We will not be silenced"; e o segundo atrelado ao Mães pela Igualdade, um video de Marlene Xavier, que perdeu seu filho há dez anos por ser gay:
Em seguida, tivemos o prazer da fala, mais uma vez, de Marcelle Esteves, representando o Grupo Arco-Íris, e falando dos esteriótipos criados: "se o homem está mais arrumadinho... Ah, esse não sei não... Ou se a mulher pisa mais firme... Ah! Aquela?! Eu não sei não...", ou seja, se cria todo um preconceito sobre as pessoas simplesmente por elas parecerem ser homossexuais. Tal problema é elevado ao quadrado quando de fato a pessoa tem uma opção sexual que não condiz com os padrões da nossa sociedade hipócrita que socializa as crianças desde pequenas a um padrão de família único e imutável: pai + mãe + filhos. As pessoas devem ter poder de escolha e ser respeitadas!
João Nery, autor do livro "Viagem Solitária - memórias de um transexual trinta anos depois", fez uma exposição sobre sua vida e trajetória. Falou sobre suas dificuldades e de todos os trans em realizar as cirurgias de mudança de sexo, o quão burocrático tais procedimentos são, principalmente na rede pública (SUS). Além da super burocracia da inclusão do nome social na identidade. No fim do debate, João atendeu ao público e distribuiu autógrafos.
Para finalizar de uma maneira triunfante, Indianara Siqueira, representante do Transrevolução, abriu o jogo sobre sua vida e as dificuldades que sofreu durante sua vida. Mostrou através de seu rendimento escolar, como a questão da homofobia na escola a prejudicou, e como isso também está prejudicando tantos jovens homossexuais. Situação que deveria fazer muitas pessoas reverem a lei que proíbe campanhas e discussões sobre a diversidade sexual nas escolas públicas. Hoje, independente e com um conhecimento que só a vida lhe pode dar, Indianara é um exemplo de mulher guerreira! 
E que teremos o maior prazer do mundo recebe-la com toda sua beleza e simpatia no segundo debate (amanhã, 29 de março, as 14h30), que também contará com a presença de Priscila Bastos (representando o grupo Todos Contra a Homofobia, a Lesbofobia e a Transfobia), Fátima Baião (do CR-LGBT) e Prof. Marcos Nascimento (UERJ). Contamos com td@s vocês!

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